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Bem-vindos e bem-vindas ao ex-tribunal da Boa-Hora.
Um espaço que terá nova vida nos próximos anos com a nossa presença.
Um edifício de que estamos a cuidar e a adaptar às condições de trabalho para as diferentes valências e exigências da nossa atividade.
Um edifício de que cuidaremos com a consciência e o compromisso de que entrámos num local simbólico para todos nós e também um edifício histórico de carga patrimonial indiscutível.
Estamos habituados a habitar monumentos e a dar-lhes vida. E isso faremos aqui.
Com responsabilidade máxima e muito respeito pelas memórias.
Aos espaços para administrativos, para produção e técnicos, junta-se toda a atividade artística do São Carlos: espaços para ensaios e pequenos concertos, salas para conferências e debates, exposições.
Mas não será um espaço apenas nosso. Seremos anfitriões e também parceiros.
Partilharemos espaços e atividades de forma solidária e comprometida com as necessidades existentes na cidade.
Sabemos todos que a atividade cultural que produzimos não se esgota nos espetáculos que apresentamos. Precisa de debate, precisa de preparação, de experiência e de muitos ensaios.
É este o nosso compromisso com a cidade para este espaço carregado de memórias e que será a nossa casa temporária.
Esta mudança de casa, a que as obras de conservação e restauro, requalificação e modernização do Teatro Nacional de São Carlos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência obrigam, é um gigantesco desafio para todos nós mas também uma oportunidade extraordinária para repensarmos a nossa atividade, os nossos parceiros locais e nacionais e conhecer melhor o território nacional.
E por isso, este dia é também simbólico.
Ao longo do país e durante os anos de 2025 e 2026, o Teatro Nacional de São Carlos vai apresentar-se fora de portas e as suas habituais temporadas lírica, sinfónica e coral sinfónica irão manter-se em Lisboa: no Centro Cultural de Belém, Teatro Camões, Academia das Ciências, Auditório da Reitoria da Universidade Nova, Teatro São Luiz, Coliseu de Lisboa, Igreja de São Roque, Castelo de São Jorge, Teatro Aberto, Teatro Tivoli, e outros, e no Porto no Teatro Nacional de São João e no Coliseu do Porto, entre outros.
Também pelo país, de norte a sul, circulará um modelo de programação articulado e sustentado em parcerias locais e regionais com âncoras nos teatros locais, nos museus, nas bibliotecas e nos monumentos, em forma de complemento estruturante para dar sentido aos nossos projetos: a música encontra-se com a história, com a literatura e poesia, com a religião, com a ciência, com a natureza, com o mar, e com as tradições populares.
O mote patrimonial assume primordial importância na programação das muitas atividades que irão fazer a VIAGEM pelo país e levar a missão mais longe chegando a mais e variados públicos e de várias idades.
O sentido da nossa ação terá uma forte componente de cruzamentos com os diversos patrimónios, fundindo géneros e reportório. Os clássicos cruzam-se e articulam-se com os contemporâneos e com os novos criadores.
Para lá das grandes cidades, dos grandes palcos e dos grandes monumentos, onde a programação será recheada de espetáculos de repertório clássico e – neles – a ópera encenada e os grandes concertos sinfónicos e coral-sinfónicos serão embaixadores culturais, o périplo pelas regiões de baixa densidade populacional, riquíssimas de história, lendas, monumentos e lugares mágicos – tantas vezes esquecidos – será outro trilho obrigatório na nossa descentralização. Contadores de histórias, participação local, concursos e festivais farão parte de um programa alargado e sem precedentes na ação cultural do Teatro Nacional de São Carlos.
As residências artísticas, as conferências e conversas temáticas e as exposições com pequenos núcleos temáticos farão parte de um programa complementar aos espetáculos.
Conceição Amaral
Presidente
Conselho de Administração do OPART, E.P.E.
ALARGAR A MISSÃO: Atividades complementares dirigidas aos novos públicos
» EIXO EDUCATIVO - EDUCAR PARA A MÚSICA
O programa São Carlos vai à Escola articulará uma missão estruturante neste período de encerramento: divulgar a música e a história do Teatro Nacional de São Carlos, formar o gosto pela Ópera e desmistificar o estatuto de inacessibilidade do género operático em Portugal.
O programa será articulado com o Ministério da Educação e com o Plano Nacional das Artes, e será recheado de conversas e abordagens criativas e pedagógicas em sala de aula e para vários níveis de ensino.
A participação de músicos e técnicos do Teatro Nacional de São Carlos será fundamental para dinamizar este projeto e contribuir para a partilha de conhecimento e troca de experiências num modelo de Masterclasses.
» EIXO PATRIMONIAL – RECORDAR SÃO CARLOS
O ciclo de exposições temáticas Recordar São Carlos resulta de um longo processo de inventário geral, catalogação e investigação das coleções e acervos que formam o património material, histórico e artístico do Teatro Nacional de São Carlos.
O projeto História, Memória e Património do Teatro Nacional de São Carlos iniciou-se em janeiro de 2023, no quadro de uma parceria entre o OPART, E.P.E. e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa.
A apresentação deste ciclo de exposições é, também, um convite à reflexão sobre a importância da valorização e disseminação do património cultural e do papel da ópera na sociedade contemporânea e a sua capacidade de atravessar fronteiras culturais, emocionais e temporais.
Às exposições, juntamos um ciclo de conversas abertas em que se falará da extraordinária e longa história do Teatro Nacional de São Carlos e das experiências vividas, com moderação de Jorge Rodrigues e com a presença de convidados.
A primeira exposição de ciclo, Recordar Aida no São Carlos, revisita as produções da ópera Aida apresentadas em São Carlos, partindo das valiosas coleções de São Carlos e destacando o seu impacto cultural e artístico.
Aida, de Giuseppe Verdi, tem uma importante história no Teatro Nacional de São Carlos, que nos é contada nesta exposição através de figurinos, adereços, programas e outra iconografia selecionada.
» EIXO PARTICIPATIVO – EU NA ÓPERA
O terceiro programa, Eu na Ópera, insere-se no âmbito da missão de responsabilidade social e artística e cumprirá objetivos de inclusão e de participação ativa das comunidades locais e das estruturas existentes: conservatórios, associações locais, escolas de canto, escolas profissionais de artes e ofícios, na produção de espetáculos locais que queremos que sejam momentos altos da nossa atividade.
Experiências artísticas que geram momentos/espetáculos criados para espaços não convencionais, em colaboração com artistas e mentores de projetos em residência e com prévia seleção de participantes locais.
Acreditamos que este tipo de ação, participativa, alargada, transversal e comprometida, contribui para a democratização do acesso e para o alargamento de públicos, levando a música e a ópera, em particular, a públicos que de outra forma a elas não teriam acesso.
As parcerias institucionais, âncoras para a nossa Viagem, são fundamentais para fortalecer esta rede no território, que começámos em setembro de 2024, e que serve os propósitos da existência de um Teatro Nacional e do serviço público que a ele está inerente.
E que este encerramento para conservar, restaurar, requalificar e modernizar o edifício Teatro Nacional de São Carlos, no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, seja a oportunidade para a abertura a uma realidade distinta da atividade e que deixe um chão lavrado e os parceiros certos para o futuro da Ópera em Portugal.
ALARGAR A MISSÃO: Atividades complementares dirigidas aos novos públicos
» EIXO EDUCATIVO - EDUCAR PARA A MÚSICA
» EIXO PATRIMONIAL – RECORDAR SÃO CARLOS
» EIXO PARTICIPATIVO – EU NA ÓPERA
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