Charlot entra em guerra contra o fanatismo e a intolerância, e aparece pela última vez no ecrã no papel de um barbeiro judeu que tem um sósia: nem mais nem menos do que o ditador do país, Adenoid Hynkel. Um dia é confundido com ele e vai fazer um discurso às massas.

O grande ditador começou a ser filmado na semana da invasão da Polónia, é todo feito em premonição de uma guerra que aos primeiros «takes» já estava confirmada, e é o grande manifesto pacifista do seu autor. 

Naquela que foi a sua primeira aventura no cinema sonoro, O grande ditador é mais uma oportunidade de testemunhar o talento de Chaplin como compositor. Admirador de música orquestral, presente em quase todos os seus filmes, Chaplin aplica neste filme dois excertos clássicos em sequências sem qualquer diálogo, numa clara analogia ao cinema mudo: a Dança Húngara n.º 5, de Brahms e o Prelúdio de Lohengrin, de Wagner.