Bilhetes
Sinopse
Elektra
de Richard Strauss {1864-1949}
em versão semi-encenada
Ópera em um ato, libreto de Hugo von Hofmannsthal {1874-1929} segundo Sófocles
Grande Auditório do Centro Cultural de Belém
1 (20h), 4 (16h)e 7 (20h) fevereiro de 2018
Direção Musical Leo Hussain
Encenação Nicola Raab
Cenografia e figurinos Luís F. Carvalho
Desenho de Luz Nuno Meira
Elektra Nadja Michael
Chrysothemis Allison Oakes
Klytämnestra Lioba Braun
Orest James Rutherford
Aegisth Marco Alves dos Santos
O Precetor de Orest Mário Redondo
Confidente Sónia Alcobaça
Velho servo Rui Baeta
Jovem servo João Terleira
Vigilante Patrícia Quinta
Criadas Maria Luísa de Freitas, Cátia Moreso, Paula Dória, Carla Simões, Filipa van Eck
Caudatária Ana Cosme
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro Titular Giovanni Andreoli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestrina Titular Joana Carneiro
Nova produção TNSC / CCB
Premonitório e tremendo, um acorde orquestral, inicia e remata porventura a mais sangrenta de todas as óperas: um pai (Agamémnon) entrega a filha (Ifigénia) à deusa em troca de uma expedição venturosa, a sua mulher (Clitemnestra) vinga-se assassinando-o no ajudada pelo seu amante (Égisto). Uma filha (Electra) anseia a hora da vingança pela morte do pai, e a irmã (Crisotémis), dócil e fértil, espera somente o amor de um homem. Após tão esperado regresso, será o irmão delas (Orestes) a matar a própria mãe e o amante.
Num só ato de rara violência vocal e orquestral, eis a recriação freudiana da tragédia de Sófocles onde um sublime lirismo alterna com a obsessão histérica e violenta de Electra, princesa de Micenas. Um quarto de século após Parsifal e um quarto de século antes do advento do nazismo, Elektra marca o primeiro encontro de Richard Strauss com uma figura feminina da Antiguidade (seguir-se-iam Ariadne, Helena, Dafné e Dánae) e também com Hugo von Hofmannsthal, autor e poeta vienense que escreveria, nos 20 anos seguintes, mais cinco libretos para Strauss numa das mais notáveis parcerias da História da Ópera. Elektra assinalará o regresso Portugal do soprano alemão Nadja Michael que tem vindo a notabilizar-se internacionalmente em repertório de Wagner, Strauss, Janácĕk e Bartok.
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