Teatro Nacional de São Carlos
18 (20h), 20 (20h) e 22 (16h) de maio de 2022

Faust, de Charles Gounod
Libreto de Jules Barbier e Michel Carré,
segundo a peça de Carré Faust et Marguerite,
baseada em Faust (Parte I) de Johann Wolfgang von Goethe

Direção Musical Antonio Pirolli
Encenação Alfonso Romero Mora
Cenografia Ricardo Sánchez Cuerda
Figurinos Claudio Martín
Desenho de vídeo Philipp Contag-Lada

Faust Mario Bahg
Marguerite Irina Lungu
Méphistophélès Rubén Amoretti
Valentin André Baleiro
Siebel Cátia Moreso
Marthe Patrícia Quinta
Wagner Luís Rodrigues

Coro do Teatro Nacional de São Carlos
(maestro titular Giampaolo Vessella)
Orquestra Sinfónica Portuguesa
(maestro titular Antonio Pirolli)

A história de Fausto, o idoso sábio que vende a alma ao diabo em troco da juventude, imortalizada principalmente por Goethe, inspirou um inusitado número de compositores. No capítulo da ópera, o mais famoso título nela baseado é o Faust do francês Charles Gounod.

Logo após a estreia no Théâtre Lyrique em Paris a 19 de março de 1859, esta ópera tomou de assalto a sensibilidade da segunda metade do século XIX. Depois da primeira apresentação na Opéra, em 1869, tornou-se até aos dias de hoje o título mais cantado na história daquele teatro. Foi também escolhida para inaugurar o Met de Nova Iorque em 1883.

A tremenda popularidade de Faust ultrapassou a música, tal como prova Bianca Castafiore que incansavelmente canta a ária do Ato III «Ah! Je ris de me voir si belle …» nas aventuras de «Tintin». Não foi só Hergé, porém, que se apaixonou. Eça de Queiroz referiu-se à ópera repetidamente, descrevendo até, no romance O Primo Basílio, uma récita da mesma apresentada no nosso teatro. Uma prova de que o título era muito popular em São Carlos. Já antes, na crónica Mefistófeles de 1867, Eça manifestara interesse pela ópera de Gounod.

O elenco desta produção será liderado por dois solistas com carreira nos principais palcos mundiais: o sul-coreano Mario Bahg e o soprano russo Irina Lungu.

Produção Ópera de Las Palmas de Gran Canaria

M/12

Faust — Breves Palavras

Edward Ayres de Abreu, musicólogo, profere breves palavras antes de cada récita de Faust, no Salão Nobre.

O compositor, a música, a ópera e o seu contexto de criação são possíveis vertentes de análise e conversa de Edward Ayres de Abreu com o público.

Conheça melhor a música de Gounod e, em particular, Faust. Participe e usufrua de um enquadramento que lhe faculta elementos essenciais para inteligir a ópera.